Em várias consultas, aproveitamos para orientar o paciente quanto aos fatores de risco para as doenças cardiovasculares, incluindo o AVC. Já abordamos aqui os principais fatores de risco para o AVC, mas você sabia que conforme o momento de vida, o termo utilizado e a abordagem ao cuidado são diferentes?

Sim, após o AVC temos que realizar a prevenção secundária, isto é, evitar um novo AVC por meio de medicamentos específicos como os antiagregantes plaquetários e os anticoagulantes e até mesmo através de procedimentos como a retirada da placa de aterosclerose na artéria carótida ou o fechamento do forame oval patente. Além disso, é importante monitorar os fatores de risco presentes e controle de novos que possam surgir.

Mas neste momento, o paciente já teve um AVC, e além destas medidas, o trabalho da equipe de reabilitação é prioritário para que o paciente possa retornar às suas atividades, seja em casa, no trabalho, no lazer…podendo ter uma vida plena em sociedade. A este processo, chama-se prevenção terciária.

Antes do AVC, focamos na prevenção primária, isto é, no controle dos fatores de risco já existentes, sendo um dos mais importantes a pressão alta. Com a identificação precoce e o controle rigoroso, evitaremos um primeiro evento, e sem dúvida, este momento é ideal para evitarmos sequelas.

Já a prevenção primordial ocorre antes mesmo dos fatores de risco existirem, com ênfase em medidas populacionais e pessoais, como praticar atividade física regular, não iniciar o hábito do tabagismo, com alimentação saudável e evitar ganho de peso. Este processo é amplo e depende de iniciativas econômicas, comportamentais, ambientais e culturais.  Porém, é o que oferece melhores resultados pois, evita os fatores de risco com custos muito menores que as sequelas que o AVC acarreta.

Comece agora mesmo a praticar hábitos para sua prevenção primordial e divulgue para familiares e amigos.