Tratamento abortivo das crises de enxaqueca

Como falei no blog anterior, o tratamento da enxaqueca é dividido em duas partes, o tratamento profilático e o tratamento abortivo. Este último, que abordaremos hoje, é utilizado para interromper uma crise de dor de cabeça.

 Sabemos que a enxaqueca tem como sua principal característica crises de dor de cabeça que ocorrem em intervalos variáveis e duração entre algumas horas até alguns dias. Muitos pacientes fazem uso de medicamentos para interromper estas crises, sendo os mais comumente utilizados analgésicos e anti-inflamatórios. Existem, ainda, medicamentos específicos para tratar a crise de enxaqueca, como os ergotamínicos e triptanos. Apesar de comumente utilizados em serviços de emergência, as diretrizes atuais orientam que medicamentos opióides, como a morfina e seus derivados, devem ser evitados, pois existem medicamentos abortivos com maior eficácia.

Um ponto importante no tratamento medicamentoso é seu uso o mais precoce possível após o início da dor, pois sua resposta será mais efetiva. Atenção deve ser dada para evitar uso frequente dos medicamentos abortivos pelo seu risco de desenvolver uma cefaleia mais prolongada. Portanto, sempre tenha o acompanhamento de um profissional médico para melhor controle de sua enxaqueca e evitar complicações a longo prazo.

 Além do tratamento medicamentoso, algumas medidas comportamentais auxiliam no alívio da crise, entre as quais, repouso em ambiente de baixa luminosidade e bem arejado.

 Se houver aumento na frequência das crises de dor ou dores de maior intensidade que não respondam ao tratamento abortivo, podemos utilizar do tratamento profilático, que será abordado em um blog futuro.