Enxaqueca ou migrânea. Uma cefaleia frequente e incapacitante.

Neste fim de ano, com a redução das atividades, pude assistir uma série muito interessante, que aborda a dependência a medicamentos opióides nos Estados Unidos.
Ao nos colocarmos no lugar da pessoa com dor, entendemos o quanto esta pode restringir suas atividades sociais e laborativas. Na neurologia, uma das principais queixas que atendemos nos nossos consultórios são as cefaleias. Sendo a principal, a enxaqueca.
É importante sabermos que a enxaqueca, uma importante cefaleia primária, é a cefaleia que mais leva as pessoas ao pronto socorro. Sua crise começa com uma dor leve, pulsátil, com o passar das horas, aumenta de forma progressiva sua intensidade, podendo limitar de forma significativa as atividades. Levando, em algumas crises, a pessoa para a cama. Além disso, pode vir acompanhada de náuseas e vômitos, incomodo a luz e ao barulho, o que chamamos de fotofobia e fonofobia, respectivamente.
A enxaqueca é importante causa de absenteísmo, não permitindo que a pessoa possa realizar suas atividades familiares, sociais e laborativas de forma integral. Alguns pacientes perdem seus empregos, demonstrando a gravidade desta doença.
O ponto importante é que temos tratamento para a enxaqueca, podendo ser um tratamento abortivo, quando medicamentos ou procedimentos são utilizados para interromper a crise de dor de cabeça que já está presente. Temos, também, o tratamento profilático, quando medicamentos  ou intervenções são usados de forma regular para que as crises de dor de cabeça não ocorram ou sejam de menor intensidade.