Reduzindo a pressão intracraniana no AVC isquêmico
17 de agosto de 2021Sinais de hipertensão intracraniana no exame físico.
17 de setembro de 2021Em um post recente, abordamos o impacto do TCE na nossa sociedade. Hoje gostaria de explicar para vocês que em situações de TCE grave, nas quais o paciente encontra-se em coma ou apresenta lesões encefálicas significativas, a equipe de saúde utiliza métodos para controle e redução da pressão intracraniana.
Estas medidas permitem que a equipe identifique de forma rápida a elevação da pressão e utilize de procedimentos, como a craniectomia utilizada no AVC, medicamentos e até mesmo a drenagem do líquor, reduzindo a pressão e permitindo que as medidas terapêuticas e de controle dos danos do TCE sejam realizadas de forma assertiva.
O método mais comumente utilizado para monitoramento da pressão intracraniana é conhecido como derivação ventricular externa ou DVE. Neste método, através de um furo no osso do crânio, o médico neurocirurgião posiciona um dreno no ventrículo cerebral, um local que apresenta grande quantidade de líquor. Junto a este dreno, há um censor que monitora em tempo real a pressão intracraniana, identificando rapidamente alterações que possam ocorrer por novas lesões encefálicas causando hipertensão intracraniana. Uma das principais vantagens da DVE é que quando a pressão se encontra elevada, é possível abrir este dreno e retirar o líquor, com isto, reduzindo a pressão intracraniana. Portanto, este é um método de diagnóstico e tratamento da hipertensão intracraniana, porém, a DVE apresenta riscos.
Assim como todo procedimento cirúrgico, existe risco de hemorragia e infecção no momento do posicionamento da DVE, mas a infecção pode ocorrer pelo tempo prolongado de uso.
A DVE não é utilizada apenas no TCE, mas também pode ser utilizada em hemorragias cerebrais, lesões estruturais que causem aumento da pressão intracraniana e do aumento dos ventrículos, conhecida como hidrocefalia. Mas isto é conversa para um próximo texto.