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Entre os tipos de AVC, a trombose venosa cerebral é aquela que acomete as veias cerebrais. Estas veias drenam todo o sangue que chega ao cérebro.
Diferente dos fatores de risco relacionados ao AVC isquêmico que ocorre nas artérias, a trombose venosa cerebral está relacionada a fatores de risco semelhantes a trombose venosa periférica. Os principais fatores associados são infecções dos seios da face, conhecidas como sinusites, infecções de ouvido, desidratação, uso de anticoncepcionais em mulheres, o tabagismo e transtornos da coagulação. É uma doença que acomete pessoas mais jovens quando comparado ao AVC isquêmico arterial e que apresenta uma evolução clínica exitosa quando identificada cedo.
Os principais sintomas desta doença são a dor de cabeça e a perda de visão. Porém, os pacientes podem ter os mesmos sintomas que são apresentados no AVC arterial, como a perda de força e a dificuldade de fala. Além disso, um sintoma comum destes pacientes é a crise epiléptica.
Na trombose venosa cerebral, a obstrução da drenagem do sangue do cérebro faz com que a pressão dentro da cabeça aumente, o que chamamos de hipertensão intracraniana (futuramente falarei mais sobre este tema). Pela dificuldade na drenagem, o sangue pode extravasar dos vasos e causar hemorragias. Ainda, pode causar um edema importante e fazer isquemias.
O tratamento desta doença é com o uso de medicamentos anticoagulantes, que atuam evitando a progressão destes trombos, permitindo uma melhor drenagem sanguínea. Com o tratamento iniciado de forma precoce, a maioria dos pacientes recupera-se totalmente e sem sequelas. Mas, se atrasarmos o diagnóstico e o tratamento, pode ser uma doença fatal.
A trombose venosa cerebral é uma doença que acomete pessoas mais jovens quando comparado aos ouros tipos de AVC, por isso, na presença de sintomas neurológicos de início recente procure um especialista.
