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18 de junho de 2021No grupo das doenças cerebrovasculares, temos pacientes que não tiveram AVC isquêmico ou hemorrágico, mas tem uma perda cognitiva, isto é, uma dificuldade nas atividades que exigem habilidades não motoras ou sensitivas, mas sim de memória, na execução de tarefas aprendidas previamente, na velocidade da execução destas tarefas, entre outras. Este grupo de pacientes se apresenta com o deterioro cognitivo vascular.
O início deste quadro caracteriza-se em geral com alterações discretas que não dificultam a função do dia a dia, mas já podem ser percebidas pelo paciente. Em seguida, estas podem interferir com suas funções de forma leve e após mais grave, o que chamamos de demência vascular.
A demência vascular é a segunda causa de demência na população e como as outras doenças degenerativas, não existe tratamento curativo, sendo a prevenção o ponto chave, que inclui controle de fatores de risco, monitoramento com marcadores de imagem e laboratoriais, atividade física regular e atividade cognitiva.
Em geral, seu início não se caracteriza por perda de memória, como na Doença de Alzheimer, mas sendo uma doença predominante de microcirculação, manifesta-se muito por disfunção executiva e em degraus.
Ainda, existem doenças genéticas associadas, como o CADASIL, que se apresenta em pacientes mais jovens que geralmente têm uma migrânea com aura e a perda cognitiva. Na outra ponta, a angiopatia amiloide cerebral, que se caracteriza por eventos hemorrágicos de repetição associados a um rápido deterioro cognitivo.
Portanto, temos que ficar atentos a perdas cognitivas, independente da idade e a doença cerebrovascular sempre deve ser investigada nestes pacientes.