Como medir a pressão intracraniana através da punção lombar.
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2 de novembro de 2021Nos últimos anos, várias ferramentas foram utilizadas para avaliar a pressão intracraniana de forma não-invasiva, isto é, sem a necessidade de procedimento cirúrgico, como a colocação de derivação ventricular ou a punção lombar.
Exames de imagem, como a tomografia e a ressonância magnética, podem demonstrar alterações estruturais que estão relacionadas a aumento da pressão intracraniana. Estes achados podem ser observados pelo desvio de estruturas dentro do crânio ou aumento dos ventrículos, que são espaços que têm liquor.
A ultrassonografia também tem a capacidade de identificar estas alterações, além de avaliar o aumento de uma região localizada atrás do olho e conhecida como bainha do nervo óptico. Vários estudos demonstraram que o aumento desta bainha está relacionado à elevação da pressão intracraniana.
Outro método utilizado com frequência em ambientes de terapia intensiva é o Doppler transcraniano. Por meio de análises de resistência ao fluxo sanguíneo dentro do nosso cérebro por um simples marcador denominado índice de pulsatilidade (IP), este exame permite identificar pacientes com aumento da pressão intracraniana. este método cada vez mais vem sendo utilizado nas UTIs do mundo para avaliar de forma não-invasiva vários parâmetros, que juntamente com outras técnicas, irá compor a monitorização multiparamétrica realizada nesta situação crítica e de fundamental importância.
Além destas metodologias, um método nacional e que tem demonstrado excelente significado é o brain4care, que é um dispositivo colocado na cabeça do paciente e que por meio da inteligência artificial gera uma análise relacionada a onda obtida pela pressão intracraniana. Por meio desta onda é possível analisar a complacência cerebral e identificar pacientes com alteração da pressão intracraniana.