Hipertensão intracraniana idiopática

O aumento da pressão intracraniana pode ocorrer por diferentes causas, como já discutimos em textos anteriores. Em sua maioria, estão relacionadas a lesões estruturais como traumatismo cranioencefálico, trombose venosa cerebral, tumores e infecções, ocorrendo de forma rápida e gerando elevado risco de mortalidade ao paciente.

Entre estas causas, uma importante doença de difícil diagnóstico é a hipertensão intracraniana idiopática (HII), situação em que a elevação da pressão intracraniana é a própria doença. A HII caracteriza-se por um aumento da pressão intracraniana sem causas secundárias, na qual o paciente apresenta-se com dor de cabeça de caráter progressivo, zumbidos e alterações da visão. Se não diagnóstica e tratada de forma adequada, pode levar a perda da visão.

A HII é mais comum em mulheres jovens e obesas. Até o momento, não é conhecido o mecanismo causador desta doença. Seu diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica completa com os sintomas e sinais característicos, como o papiledema através da fundoscopia. A exclusão de outras causas deve ser feita através de exames de imagem como a tomografia de crânio, a ressonância magnética e estudos angiográfico. Para que seja confirmado o diagnóstico, deve-se realizar a punção lombar com raquimanometria, isto é, a medida da pressão.

O tratamento desta doença é feito com medicamentos, como diuréticos, porém, existem situações mais graves nas quais intervenções podem ser indicadas, principalmente para preservar a visão. O mais importante é a redução de peso corporal, que fará com que ocorra melhor controle da doença e evite-se recidivas dos sintomas.