Quando devo buscar um neurologista?
15 de dezembro de 2020Sejam Bem-vindos.
15 de janeiro de 2021A neurologia é uma especialidade clínica, isto é, não realizamos cirurgia.
Além de atuar em consultório, o neurologista pode ser capacitado a executar diferentes métodos diagnósticos, como: eletroneuromiografia, eletroencefalograma, potencial evocado, e exames de imagem, como o ultrassom que falamos no texto anterior. Alguns neurologistas realizam procedimentos endovasculares, os quais são utilizados para tratar algumas doenças, que serão comentadas mais adiante.
Na neurologia, a importância da história e do exame físico são primordiais para um melhor diagnóstico. Com uma anamnese e um exame físico detalhados, conseguimos estruturar um raciocínio único, assim como um Sherlock Holmes da medicina, famoso detetive dos contos de Arthur Conan Doyle. O neurologista precisa ter um excelente treinamento e uma bagagem de muito estudo para identificar de forma precisa o que ocorre com o paciente, buscando sempre a topografia correta. Com esta análise inicial e o uso de exames complementares (alguns dos quais surpreendem muitos pacientes seja pelos nomes incomuns, seja pela complexidade e até pela sua rara e exclusiva utilização) partimos para o tratamento. Diferente da cirurgia, em que normalmente há a extirpação do problema, o tratamento da neurologia clínica é baseado em medicações e na atuação conjunta de outros profissionais da área da saúde (fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoterapeutas, psicólogos, nutricionistas e educadores físicos). Apesar de nem todas as doenças neurológicas terem sua cura descoberta atualmente, é nosso propósito buscar sempre a redução dos sintomas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
A atuação do neurologista ocorre também no ambiente hospitalar, onde auxilia a equipe de pronto socorro nas doenças neurológicas agudas, tais como a cefaleia ou dor de cabeça, que representam em média 10% dos atendimentos. Além desta, tontura e vertigem também são muito frequentes. Entre as mais graves estão presentes os AVCs, o rebaixamento do nível de consciência ou coma e as chamadas paralisias flácidas agudas, todas situações que podem colocar o paciente em risco. Ainda no ambiente hospitalar, o neurologista atua no acompanhamento de pacientes com doenças neurológicas já diagnosticadas e com necessidade de investigação, além de realizar interconsultas para outras especialidades.