A importância do cuidador nas doenças neurodegenerativas.

Conforme já expliquei, as doenças neurodegenerativas não têm tratamento curativo e com o passar do tempo irão limitar a pessoa acometida. Esta limitação ocorre conforme o local afetado, podendo restringir as capacidades físicas por fraqueza muscular ou cognitivas por acometimento cerebral.

Independente da doença, com a sua progressão, o paciente irá apresentar maiores dificuldades para atividades simples do dia a dia, como caminhar sozinho, alimentar-se e vestir-se. Por este motivo, é importante que, desde o início da doença, haja compreensão sobre a importância de alguém ao seu lado. No começo, como um companheiro e na progressão para auxiliá-lo na sua rotina diária. Sempre em busca da maior independência do paciente conforme suas capacidades.

Uma atividade muito importante para o cuidador é organizar e manter a rotina do dia a dia, com a manutenção dos horários de sono, da alimentação, das atividades físicas e cognitivas, além da medicação e de monitoramento de funções fisiológicas.

O cuidador também auxilia na identificação de situações de risco de forma precoce, as quais podem agravar o quadro clínico e por consequência acelerar a doença neurodegenerativa. Realizando, ainda, a conexão do paciente e de seus familiares com a equipe de saúde.

Não devemos ter preconceito ou repulsa quando o profissional de saúde sugerir para nós ou para nossos familiares que existe a indicação de um cuidador. Devemos entender que esta é uma etapa importante que poderá somar em busca de manutenção de independência, monitorar riscos e manter a rotina ativa pelo maior período possível.

E para você que é cuidador, lembre de cuidar da sua saúde na sua plenitude física, psíquica e espiritual para que você possa atuar de forma integral no cuidado.