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No diagnóstico de um acidente vascular cerebral isquêmico ou de um ataque isquêmico transitório, um dos principais objetivos é identificar sua provável causa. Com isto, seu médico pode propor o melhor tratamento e assim reduzir de forma significativa os riscos de um segundo AVC.
O primeiro exame a ser realizado é um exame de imagem do cérebro, uma tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética. Com este exame, é possível analisar a área acometida, seu tamanho, a presença de lesões antigas, as quais podem não ter tido sintomas.
A partir do exame de imagem, a identificação dos fatores de risco é uma prioridade. Estes fatores já foram abordados por nós em textos anteriores. Eles são identificados pela história clínica, hábitos de vida, medicações de uso prévio e por meio de exames laboratoriais, sua maioria exames sanguíneos.
Em seguida, avalia-se a estrutura e a eficiência do sistema circulatório arterial desde o coração, passando pelas artérias do pescoço e finalizando na circulação intracraniana (de dentro da cabeça). Esta investigação é realizada com exames de ultrassom, tomografia e ressonância. Conforme cada paciente e os resultados obtidos, pode-se fazer necessária a complementação com exames adicionais. Isto é, seu médico pode iniciar pela ultrassonografia e depois solicitar uma ressonância para confirmar os achados ou identificar outras alterações.
Além da função e da estrutura deste sistema, é analisado o ritmo dos batimentos cardíacos, já que uma das principais doenças associadas ao AVC isquêmico e ao AIT é uma arritmia cardíaca conhecida como fibrilação atrial. Para esta investigação, o exame inicial é o eletrocardiograma. Atualmente, na suspeita desta arritmia, mesmo com este exame normal, pode-se utilizar exames de monitoramento do ritmo cardíaco de duração variável. O Holter de ritmo cardíaco é utilizado por 24 horas, enquanto dispositivos implantáveis podem ser usados por mais de um ano.
Conforme os resultados dos exames iniciais, outros exames cada vez mais específicos podem ser solicitados, incluindo aqui estudos de cateterismo e estudos genéticos.
Apesar de toda a investigação, existe um grupo de pacientes nos quais o mecanismo do AVC isquêmico ou do AIT permanece inconclusivo. Em geral, estes pacientes têm um menor risco de ter um novo evento, permitindo um tratamento seguro.
Portanto, verifique com seu médico se toda a investigação necessária para o seu caso foi realizada e sempre aborde com ele o próximo passo.
