Hipotensão intracraniana
23 de novembro de 2021Você sabia que existem diferentes tipos de dor de cabeça?
21 de dezembro de 2021Ainda abordando a hipotensão intracraniana espontânea, onde a presença de dor de cabeça tem padrão posicional, isto é, que melhora ao deitar-se e piora ao ficar em pé. É importante observarmos outras características desta dor, como sua piora progressiva com o passar do dia, com a tosse ou com a manobra de Valsalva. Esta é caracterizada por aumento da pressão no abdome, como quando vamos ao banheiro. Além da dor de cabeça, zumbido, tontura, sensação de plenitude auricular (ouvido cheio), náuseas, desequilíbrio e até mesmo paralisia do nervo abducente (nervo que movimenta o olho para o lado).
Esta dor deve ser investigada com diferentes métodos, sendo em geral, o primeiro exame uma ressonância magnética de crânio, que pode apresentar achados típicos desta doença na maior parte dos pacientes.
Na presença de achados clínicos e de imagem que sugiram o diagnóstico de hipotensão intracraniana em paciente que não tem história de traumatismo ou punção lombar, deve-se buscar a presença da fístula, que ocorre com maior frequência por processo degenerativo da coluna, quando pequenos osteófitos perfuram a membrana dural, permitindo a saída do líquor.
O tratamento inicial é aumentar a hidratação, repouso e medicamentos a base de cafeína (aumentando a produção de líquor), além de faixas de compressão abdominal. Não havendo resposta, pode-se realizar o “blood-patch”. Este procedimento é realizado por anestesista com experiência, onde ele coloca no espaço acima das meninges na coluna lombar sangue venoso do próprio paciente. Com este procedimento, há aumento da pressão, o que alivia a dor de cabeça quase que imediatamente e pela formação de fibrina, pode-se obter o fechamento da fístula